Capítulo XVIII


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 Capítulo XVIII

1 Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo que tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada com a sua glória.
2 E ele clamou com voz forte, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável.
3 Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
4 Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
5 Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
6 Tornai a dar-lhe como também ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro.
7 Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, tanto lhe dai de tormento e de pranto; pois que ela diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e de modo algum verei o pranto.
8 Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga.
9 E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
10 e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento.
11 E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque
ninguém compra mais as suas mercadorias:
12 mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13 e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens.
14 Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti, e nunca mais se acharão.
15 Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando,
16 dizendo: Ai! ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas! porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas.
17 E todo piloto, e todo o que navega para qualquer porto e todos os marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe;
18 e, contemplando a fumaça do incêndio dela, clamavam: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?
19 E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! Porque numa só hora foi assolada.
20 Exulta sobre ela, ó céu, e vós, santos e apóstolos e profetas; porque Deus vindicou a vossa causa contra ela.
21 Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada.
22 E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros; e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de mó;
23 e luz de candeia não mais brilhará em ti, e voz de noivo e de noiva não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
24 E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.




1. “E DEPOIS destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha
grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória”.


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“...depois destas coisas”. Nos capítulos 14 a 16, João se encontrava no céu, nesta visão, entretanto, ele está na terra e contempla com grande expectativa a queda da grande Babilônia expectativa a queda da grande Babilônia. A “Grande Babilônia” a ser julgada nesta secção determinado pelo clamor do elevado poder angelical, não se refere à antiga cidade que serviu como capital durante o reino babilônico (Dn 4.30), mas um “sistema” político-comercial que existirá durante o reinado cruel da Besta (13.17). A identidade comercial da Besta (mão direita) terá sua utilidade dentro deste confuso poder. Nos textos e contextos que focalizam a condenação da Grande Babilônia, o Espírito de Deus dá ênfase chamando-a: uma vez a grande prostituta (17.1), duas vezes a prostituta (15-16), uma vez a mãe das prostituições (v.5), e seis vezes, a mulher (vs. 3, 4, 6, 7, 9, 18). Literalmente falando, a cidade de Babilônia é citada cerca de 260 vezes na Bíblia, 27 vezes em uma só profecia (Jr capítulo 50 e 21). O profeta Isaías diz que a queda deste grande poder, terá lugar, no “dia do Senhor” (Is 13.13). O anjo anuncia este grande juízo sobre a imponente cidade, e, neste capítulo, o segundo anjo (v. 21) anuncia com grande poder a consumação do mesmo.



2. “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande
Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito
imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”.


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 “...Caiu, caiu Babilônia”. Esta queda da grande Babilônia já tinha sido antecipada no capítulo 14.8, e conseqüentemente trará lamentações sobre a terra (v.10) e jubilo no céu (v.20). Zacarias foi um dos profetas do Antigo Testamento que prediz o retorno do novo babilonismo. “A significação figurada da passagem de Zacarias 5.5-11 pode ser expressa desta maneira: A “mulher” é interpretada como sendo a “impiedade” (v. 8). Ela tenta fugir da prisão, mas o anjo, mais forte que ela, joga-a de volta ao efa. Os verbos deixam entrever que houve luta; o poder do mal deve ser levado a sério. No presente texto e nos que se seguem, Babilônia é também subjugada pelo anjo do Senhor”. O sentido profundo deste sistema, como está declarado aqui, é importante como imediatamente o contexto mostra; é só notar a significação do nome quando empregado simbolicamente.

I  “Babilônia é a forma grega. No hebraico do Antigo Testamento a palavra é simplesmente Babel, cujo sentido é “confusão”. Neste sentido é empregado simbolicamente. Nos escritos dos profetas do Antigo Testamento, a palavra “Babilônia” quando não se refere à cidade, no sentido literal, é empregada relativamente ao estado de “confusão” em que tem caído a ordem social. Is 13.4 dá a visão, do ponto de vista divino da confusão que este poder gentílico, denominado de “Babilônia” ou “confusão” tem causado no mundo. Em Passagens de Isaías podemos notar a Babilônia política, literalmente, em seu apogeu e glória, no que diz respeito à cidade do rio Eufrates então existente, e figuradamente com referência aos tempos dos gentios durante a Grande Tribulação”.



3. “Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua
prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores
da terra se enriqueceram com abundância de suas delícias”.


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 “...todas as nações beberam do vinho”. O que diz o presente texto é realmente o que aconteceu no antigo império babilônico: o orgulho e a devassidão foram a causa primordial da sua queda. Daniel nos informa que na noite da invasão Medo-Persa sobre a cidade de Babilônia, todos os grandes do império se encontravam embriagados e em extrema orgia (Dn capítulo 5). Ao perceberem o exército invasor nada puderam fazer em defesa de si. Eis aí uma das causas que contribuíram para que sua queda se desse “...num momento” (Jr 51.8). Na Babilônia comercial, descrita neste capítulo, as mesmas coisas do passado serão praticadas no que diz respeito à vida dissoluta: “prostituição”, “comércio desonesto”, ‘delícias”; mas sempre foram e serão atração vivida para o juízo de Deus.

I  Suas delícias. A palavra traduzida “delícia” (IBB) significa na realidade “luxúria”, ou “devassidão”. A (BLH) traduz este versículo da seguinte maneira: “...e os homens de negócios se enriquecerão à custa da sua corrupção”. Assim a palavra “luxúria” (do grego strenos), dá idéia de auto-indulgência e devassidão, usando do poder (como uma máquina controladora) de maneira arrogante e mal-intencionada.



4. “E ouvi outra voz do céu que dizia: Sai dela, povo meu, par que não
sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas
pragas”.


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 “...outra voz”. O texto me foco, fala de “outra voz”. A voz ouvida nesta passagem não é a voz do “outro anjo” que se ouviu no versículo dois deste capítulo. Mas, evidentemente, é a poderosa “voz de Cristo” como eterno Salvador (cf. Is 48.20; Jr 51.6). O Dr. C. I. Scofiled declara o que segue: “Neste meio corrupto e duvidoso ainda há alguém que Deus pode chamar “povo meu”, e a estes vem da parte do Senhor a advertência solene: “Sai dela”. Durante todos os séculos esta advertência tem despertado os crentes sinceros, para não se corromperem com “associações duvidosas”. Podemos observar que o Apóstolo João descrevendo, baseado nas informações que lhe eram dadas nas sete visões, sobre a queda de Babilônia: Roma pagã (historicamente falando), bem como a queda do Anticristo (profeticamente falando): o que significará, final, a queda de todos os poderes terrenos e malignos, quando do segundo advento de Cristo.” Agora a voz do meigo Salvador convida seus “eleitos” a saíram apressadamente, antes de serem apanhados pela catástrofe iminente que cairá sobre este falso poder.



5. “Porque já os seus pecados e acumularam até ao céu, e Deus se
lembrou das iniqüidades dela”.


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 “...seus pecados se acumularam até ao céu’. Várias cidades do passado foram semelhantemente denunciadas da mesma maneira: “...a sua malícia subiu até mim” (Nínive). Jn 1.2; “...e tu, Capernaum, que te ergues até aos céus” (Capernaum). Mt 11.23. Nesta secção, porém, o pecado da grande Babilônia é visto “se acumulando até ao céu”. Isso significa que o pecado concebido, nasceu, cresceu e, estando na sua fase de amadurecimento, tem tocado nos céus. O profeta Jeremias segue um paralelismo semelhante a este, em seu livro (Jr 51.9).

I O julgamento de Babilônia atinge os céus, sendo elevado ao firmamento. O Dr. R. N. Champrin, Ph, D. , define essa forma de pecado que se eleva: “(a) O mau cheiro que sobe na terra, conforme já mencionado; (b) A idéia de adicionar novos pedaços de papiro ou pergaminhos a um rolo, até que se forme um volume imenso. Qualquer dessas idéias nos fornece um indício de como o pecado pode acumular-se, produzindo, necessariamente, o julgamento divino contra isso”.


6. “Tornai-lhe a dar como ela voz tem dado, e retribuí-lo em dobro
conforme as suas obras: no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela
em dobro”.


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“...tornai-lhe a dar como ela vos tem dado”. Nos capítulos 17 a 18 do Apocalipse, Babilônia reaparece em sentido duplo em cada secção: a primeira é vista do ponto de visita político e religioso; enquanto que a segunda é contemplada do ponto de vista literal e comercial. Por 8 vezes neste capítulo se usa o pronome (“ela”) para designar uma cidade literal (vs. 6, 7, 9, 11, 20). “Babilônia” é o plural de “Babel”. Babel significa confusão. É provável que a sede do sistema religioso da meretriz seja Roma. A cidade de Jerusalém foi chamada “espiritualmente” de Sodoma e Egito (11.8), assim Roma pode ser “espiritualmente” Babilônia religiosa, pelo poder político do Anticristo em conjunto com os dez reis confederados; enquanto que a do texto em foco, que é a comercial e literal, pode supremo poder de Deus. No capítulo 17.3, Babilônia está “...assentada sobre uma besta”, enquanto que aqui (v.7), ela está “...assentada como rainha”. Ela agora sendo julgada pela sentença divina: “...retribuí-lhe em dobro”.





7. “Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto
de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como
rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto”.


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“...não sou viúva”. A imponente cidade vista neste capítulo, se glória como
o “nécio no seu coração”. Ele diz: “Não há Deus” (Sl 14.1). Ela diz: “Não sou viúva”.
A cegueira física pode ser causada pela falta de vitamina (“A”) no organismo terrenos e malignos, quando do segundo advento de Cristo.” Agora a voz do meigo Salvador convida seus “eleitos” a saíram apressadamente, antes de serem apanhados pela catástrofe iminente que cairá sobre este falso poder.
. O Dr. Lang observa que até mesmo agora, tão insuspeitamente segura ela se sente, que não percebe os sinais dos tempos. Ela se sente “rainha” (esposa de um monarca). Em Isaías ela declara: “Eu serei senhora para sempre” (Is 47.7), e acrescenta: “Viúva não sou”. Uma viúva, no sentido lato, é alguém abandonada (cf. (s 47.7-9). Mas também não era mais do ponto divino de observação uma “noiva” ou “esposa”, mas apenas uma “poliandra”. O primeiro item deste versículo diz que ela se “glorificou”. O padrão cristão permite que gloriemos exclusivamente no Senhor, pois a autoglorificação é, na realidade, uma forma de idolatria própria.


8. “Portanto, num dia virão as pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e
será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga”.


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 “...num dia virão as suas pragas”. A sentença do passado sobre a Babilônia imperial será revivida aqui: a primeira se tornou em montões de ruínas, e, como sabemos, hoje essas ruínas estão expostas como admoestações. “As ruínas da antiga Babilônia, outrora chamada “a grande”, começam a seis quilômetros e meio acima da aldeia de Hillah, e estendem-se a cinco quilômetros e meio para noroeste. A os três montões principais, os árabes dão o nome de Babil Kasr e Amram; estão no oriente do rio, e, em uma secção da antiga cidade, que num período remoto tinha a forma triangular, limitada pelo rio e por muros”.

I  A queda da Babilônia espiritual (Roma) é certa por causa do poder de Deus; é o Senhor quem castiga. (“...minha é a vingança; ou recompensarei, diz o Senhor”). Ele é o verdadeiro soberano e não ela. Deus é quem julga. Ele é o verdadeiro objeto de adoração e não o Anticristo. Deus é o Todo-poderoso. Agora neste juízo presente, ela será “queimada no fogo”, e assim se transformará em “um monte de incêndio” (cf. Jr 51.25).



9. “E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em
delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem o fumo do seu
incêndio”.


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 “...a chorarão”. A começar por este versículo, temos a segunda secção natural do capítulo que é o lamento das nações por causa da queda de Babilônia. “Mas, porque essas pessoas estão tristes? A tristeza na verdade não é por Roma; trata-se de puro egoísmo de sua parte. Os reis da terra lamentam apenas que seu parceiro de prostituição tenha desaparecido...”.

I Observemos três grupos de magnatas lamentando sua perda na queda deste sistema: incluindo a cidade e o sistema (a) os “reis da terra”. Versículos 9 e 10; (b) Os “mercadores”. Versículo 11 e ss; (c) os “capitães e marinheiros”. Versículos 17 a 19. Mas, finalmente os “Céus”, os santos Apóstolos e profetas; a Igreja, incluindo os mártires, sem qualquer dúvida, se regozijarão sobre sua queda, portanto a Justiça terá sido feita. A descrição que se segue na passagem de Ez 26. a 28 é paralela a que está em foco: os reis (26.15-18), os negociantes (27.36), os marinheiros (27.29- 36) se lamentam ante a queda de Tiro. As Escrituras são proféticas e se combinam entre si, em cada detalhe. 



10. “Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai
daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu
juízo”.


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“...numa hora veio o seu juízo”. A primeira proclamação sobre Babilônia feita pelo anjo: “Caiu, caiu a grande Babilônia”, é abonada pelos tempos aoristos no grego hodierno (epesen, epesen, “caiu, caiu”) representam a ação como completa. A queda da Babilônia da Caldéia foi vaticinada 51 vezes só numa profecia! (Jr capítulo 50 a 51), e, segundo este vaticínio, houve um grande pranto aqueles que tiraram proveito de tudo que era seu (Is capítulo 47; j 51.8). Aqui o quadro é o mesmo: os reis da terra se porão de longe “...pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia”.

I Estando de longe: porque? Literalmente falando, se houvesse um incêndio de grande proporções em Roma (a sede da grande Babilônia espiritual), da costa do mar Mediterrâneo, daria para se ver o fumegar da cidade. Acreditamos que o versículo desta secção, tenha, em sentido literal, este sentido. O grito de tristeza descrito, resulta do temor mesclado com egoísmo; os lamentadores se lembram, com desprazer, de mistura com o terror da vida voluptuosa, dos lucros imediatos e grandes, mas agora, tudo ruína!.



11. “E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque
ninguém mais compra as suas mercadorias!”.


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 “...os mercadores da terra”. O presente versículo, nos faz lembrar o profeta Ezequiel, quando vaticinou por expressa ordem de Deus, a queda de Tiro (Ez 28.12 e ss). O profeta, inspirado por Deus, descreve nesta grande profecia tanto a queda da cidade, como, de um modo particular, a queda de seu monarca: “espiritualmente falando). Satanás e literalmente, o rei Itobal II. G. R. B. Murray diz que o príncipe de Tiro (Itobal II) é invocado aqui como representante da cidade, e que nos versículos 25-27 do capítulo 27, é retratada a imagem central da profecia; Aí, o “ótimo navio que é Tiro naufragou e toda a sua tripulação perece”. A profecia fala também do “vento oriental” (cf. Sl 48.7; Ez 27.26); mas talvez seja uma alusão à Babilônia. Os versículos 29 a 43 descrevem a lamentação dos marinheiros em vista da perda de Tiro. Nesta secção, do Apocalipse, aparecem novamente ‘...os mercadores da terra” lamentando incessantemente a queda “da grande Babilônia”.




12. “Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de sede, de escarlata; e toa a madeira odorífera, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore”.


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 “...ouro, e de prata, e de pedras’. Um fato curioso deve ser observado nos versículos (12 e 13); cerca de 28 mercadorias de luxo são aqui, enumeradas, e que 23 são substâncias inanimadas, que começa com “ouro” e termina com “trigo”; a seguir, vêm “cavalgadura, e ovelha... e cavalos”; depois vêm novamente objetos inanimados (carros), e finalmente a lista termina com “corpos... e almas de
homens”.

I O Dr. Dr. Lockyer, Sr comenta o que segue: “A classificação em sete partes dos artigos comerciados neste armazém do mundo pode ser categorizada assim: (a) Coisas de valor e ornamentação: ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; (b) Vestimentas caras: linho fino, púrpura, sede e escarlata; (c) Mobília suntuosa; vasos manufaturados de madeira preciosa, marfim e metais. Talvez a madeira odorífera seja a árvore cheirosa de Cirene, usada para incenso; (d) Perfume caros; canela, incenso e óleo; (e) Vida abundante: vinho, azeite, farinha, trigo, animais, ovelhas; (f) Desfiles triunfais: cavalos e carros; (g) Tráfico infamante: escravos, corpos e almas de homens”.



13. “E cinamomo, e amomo, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e
azeite, e flor de farinha, e trigo, e cavalgaduras e ovelhas; e mercadorias
de cavalos, e de carros, e de corpos e de almas de homens”.


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“...corpos e de almas de homens”. A grande lista de mercadorias continua nesta secção trazidas pelos mercadores à cidade, depois de cavalos e carros, e numa progressão habilmente ascendente, chega-se a Sôma kai psyché anthopôn, que traduzido classicamente exprime por “corpos e almas dos homens”, que outros traduzam: “escravos e cativos”. A Babel do passado, também tinha o mesmo alvo: Ninrode, o poderoso caçador, foi seu primeiro rei. Deste monarca está dito na poesia: “Ninrode, poderoso caçador de alma em oposição à face do Senhor” (Gn 10.9). A grande Babel (Babilônia) escatológica, terá em poderoso “caçador de almas em oposição a Deus”. Será ele, sem dúvida, a figura sombria do Anticristo. Ele controlará com seu poder e habilidade, o mundo político e comercial. O autor sagrado frisa esse mal, declarando mais elaboradamente o seu modo de ser.



14. “E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas
gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás”.


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I. “...não mais as acharás”. A grande Babilônia (Roma) buscou fervidamente uma colheita para a vida física. Olvidou a colheita piedosa da alma. Há uma colheita boa e outra má beneficente e outra deprimente. Ela teve a má sorte de escolher a última e, por isso, “o desejo da... alma foi-se...”. Ela ouvirá o “...não mais” do Senhor e do expectadores! Uma boa tradução para o grego e depois vertido para o significado do pensamento, que é muito enfático; onde aparecer o “...jamais” (v.21), poderíamos traduzir o negativo absoluto; “...nunca, nunca, sob condição alguma...”. O Apóstolo João visualizou tanta a súbita quanto a total destruição da cidade e do sistema. Profeticamente falando, na pessoa do Anticristo e sua federação de dez reinos, isso terá lugar, quando da “parousia” (segundo advento) de Cristo para reinar neste mundo com poder e glória.



15. “Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram,
estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando”. 


 

 “...estarão de longe”. Sempre quem segue de “longe” está possuído de “medo”. O apóstolo Pedro, seguidor de Cristo, na noite em que Jesus fora preso, pelo temor de ser preso e morto, seguia-o “de longe” (Mt 26.58). O “medo” realmente faz fugir. Juntando-se as lamentações dos monarcas, mercadores e músicos, temos uma visão do terror do juízo da Babilônia. Os “ais” duplos dos: reis, mercadores e marinheiros se combinam entre si em cada detalhe; “...numa hora veio o seu juízo” (reis); “...numa hora foram assoladas tantas riquezas” (mercadores); “...numa hora foi assolada” (marinheiros); mas todos “de longe” (vs 10, 16, 19). O castigo sobre Babilônia, além de choro e lamento causou também medo. Por isso os reis da terra, os mercadores e quantos labutam no mar conservam-se de longe, a fim de que não fossem apanhados no vértice destruidor. Porquanto, a grande cidade seria deixada a sofrer sozinha. Nenhuma amiga sairia em seu socorro, porquanto a mão julgadora do Senhor caíra inexoravelmente sobre ela.

16. “E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de
linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras
preciosas e pérolas! Numa hora foram assoladas tantas riquezas”.


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“...vestida de linho, etc”. No capítulo 17.4 deste livro, observamos que a “mulher” é que está vestida assim. O Dr. W. G. Moorehead observa esta particularidade tanto na “mulher” vista no capítulo anterior como na “grande cidade”, descrita aqui; em ambos os casos, uma e outra são contempladas como estando “vestidas” e “adornadas”. A “mulher’ e a “cidade” são vistas pouco antes de sua condenação. Ela está trajando púrpura e muito bem adornada com ouro e pedras preciosas, demonstrando-se grandemente atraente em sua aparência falsa. Por diversas vezes encontramos neste capítulo expressões similares, como “grande cidade”, etc. Tal sistema é chamado de “grande Babilônia” para diferencia-lo da Babilônia de Nabucodonosor, conhecida como “Babilônia, a Grande”.

I  A descrição é de Roma (Babilônia). “Babilônia”, a grande, em Ap 17.5; “aquela grande cidade”, em Ap 17.18; “aquela poderosa cidade”, em Ap 18.10. Está em foco, é evidente, a cidade de Roma, que no passado foi capital do então conhecido império romano, mas esse grande sistema denominado “grande Babilônia” está incluído nela.

17. “E todo ò piloto, e todo o que navega em naus, e todo o
marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe”.


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“...todo o que navega em naus”. Essa passagem reflete a importância da grande cidade, sobretudo no campo do comércio do levante. Plínio fala disso em sua História Natural. “Os negociantes e reis têm seus lamentos agora adicionados pelos lamentos dos homens do mar, aqueles cujas riquezas estavam vinculadas aos navios e ao comércio marítimo. Eles também se postarão “de longe”, o que agora é dito pela terceira vez (vs. 10, 15, 17)”. A lamentação do presente texto pode ter também um sentido literal. A cidade em referência, aqui, é Roma. “O Tevere não é, praticamente, negável. Os portos mais próximos de Roma estã18. “E, vendo o fumo do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?”.

 “...que cidade é semelhante a esta?”. Das 9 perguntas que este livro contém, esta é a mais angustiosa (5.2; 10, 17; 7.13; 13.4; 15.4; 17.7; 18.18). Depois da segunda grande guerra mundial (1939-1945). Já houve uma “lamentação” semelhante a esta, como bem descreve Hough: “O tesouro transitório: os homens contemplam os montes de Berlim; e pensam em todo o pomposo esplendor daquela cidade, viam as evidências perceptíveis da qualidade transitória do material dos tesouros humanos. Não apenas linho fino, púrpura e escarlata, mas tudo quanto essas coisas significam no terreno da magnificência visível pertencendo a uma riqueza que, após difícil obtenção, pode prontamente ser destruída”. A pergunta feita pelos grandes da terra sobre Babilônia: quem é semelhante pode-se comparar com uma jactância similar acerca da Besta que subiu do mar, em Ap 13.4: “Quem é semelhante à Besta? quem poderá batalhar contra ela?”. Mas, a despeito de parecer incomparável, tal como a grande Babilônia, cairá num só dia.



19. “E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada”.



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“...e clamaram, chorando”. Os poderosos da terra choram e lamentam pela grande perda daquilo que era precioso aos seus olhos – olhos do pecado. A grande cidade, além do poderio político e religioso, se assentava como “rainha” no epicentro de “sua opulência”. Isso demonstram seus “grandes tesouros”. Mas seus tesouros eram todos terrenos e transitórios, pelo que, finalmente falharam (Mt 6.19; 2Co 4.18). No presente texto, vemos os homens lamentando as coisas erradas, mas também buscando as coisas erradas. As coisas terrenas têm o seu “uma hora” de julgamento, que pode pôr fim a seu breve período de existência. O versículo em foco também nos mostra uma estranha manifestação: pó sobre as cabeças, não pólo próprio pecado, buscando arrependimento, mas por causa da cidade na qual se enriqueceram; e repisam o estribilho: “...porque numa hora”. Tristeza na terra! Alegria no céu! Tudo termina acaba!



20. “Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós santos apóstolos e profetas;
porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela”.


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 “...apóstolos e profetas”. Nesta secção temos os “...santos Apóstolos e Profetas” de toda a História da Igreja Universal. O primeiro regozijo é feito pelos Apóstolos, em razão de serem estes os “cabeças” e “pais” da Igreja na presente dispensação da Graça (cf. Ef 2.20; 4.11); a seguir vêm os profetas; podemos deduzir que se refere tanto aos profetas do Antigo como do Novo Testamentos. Eles são os representantes aqui na terra, tanto da lei como das profecias. O pensamento de João, nesta passagem, é também interpretado por Carpenter, da seguinte forma: “João expõe aqui a confirmação moral da justiça da queda de Babilônia (Roma escatológica). A moralidade universal será satisfeita. Todos os homens sãoo no Mediterrâneo, olhando para a Córsega ambas não internacionais: Civitavecchia, a 90 quilômetros, e Ostia, apenas a 24. Se mostram, talvez se veja a fumaceira da cidade”.

reputados moralmente responsáveis pelo que fazem e pelo que são. Assim fazem todos os santos, na terra ou nos céus regozijando-se quando qualquer gigante da maldade é derrubado”.

21. “E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e
lançou-se no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia,
aquela grande cidade, e não será jamais achada”.


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 “...levantou uma pedra como uma grande mó”. O anjo forte, com seu ato de arrojar a grande pedra, mostrou que Babilônia (Roma) haveria de cair violentamente, em súbita destruição. A pedra de moinho (em grego, millos onikos) aqui em foco, provavelmente deve ser aquela que somente os animais podiam fazer girar (Mc 9.42). Não era pedra pequena, que as mulheres faziam girar, para trabalhos leves (cf. Mt 24.41). Por ser bastante grande, e conseqüentemente, pesada, afundará rapidamente. Isso significa a repentina queda de Babilônia. Tudo isso nos faz lembrar da velha cidade do rio Eufrates, quando Deus ordenou ao profeta Jeremias que atasse o livro encerrava as profecias sobre “Babilônia”, e o atasse sobre uma grande pedra, e a lançasse no rio Eufrates dizendo: “Assim será afundada babilônia, e não se levantará...” (Jr 51.62-63). A Babilônia escatológica será afundada no inferno, e lá ficará por toda eternidade. Lembremos: todos os fatos e acontecimentos narrados neste capítulo dar-se-ão no fim da presente era, perto do dia do Senhor. É profecia!

22. “E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de
frauteiros e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará
mais em ti; e ruído de mó em ti se não ouvirá mais”.


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“...frauteiros”. Devemos ter em mente que este é o único item novo nesta secção. O Dr. R. N. Champrin, observa que esta expressão, só ocorre aqui e em Mt9.23, em todo o Novo Testamento. Os tocadores de flautas tinham posições privilegiadas na sociedade, especialmente no que tange ao entretenimento nos banquetes, festas e orgias, festividades religiosas e funerais. O silêncio dos moinhos na simbologia profética era sinal de desolação. O profeta Jeremias, descreve isso muito bem em seu livro: “Farei perecer entre eles a voz de folguedo, e a voz de alegria, a voz do esposo, e a voz da esposa, o som das mós...” (Jr 25.10). Isso tem tido seu cumprimento no passado, cumprir-se-á também no futuro: Tudo emudecerá. Porque nela (Babilônia) se achou o sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra. por isso a sentença divina conclama: “Como Babilônia fez cair transpassados os de Israel assim em Babilônia (a futura) cairão traspassados os de toda a terra” (Jr 51.49).

23. “E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”. 


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I. “...pelas tuas feitiçarias”. Os versículos (2 e 23) deste capítulo, nos

mostram a grande personificação de um dos poderes do mal dentro deste “sistema” denominado “grande Babilônia”. Cremos que o espiritismo em todas as suas formas de expressão é um dos avanços das forças do mal deste misterioso poder. A palavra “feitiçaria” no grego é “pharmakeia”, inclui, em sentido geral, também toda “magia”. Ambas fazem parte da lista de vícios, em Gl 5.20. São obras da carne, e como tais serão queimadas pelo juízo do fogo de Deus. Atualmente todos sabem que o ocultismo está em franca ascendência, pois as pessoas de vidas vazias, sem Deus, andam insatisfeitas com a religião que professam, destituída de autêntico poder espiritual. Esse levantamento do ocultismo continuará aumentando, até atingir proporções sinistras. Mas chegará o dia, quando Deus findará com todo e qualquer poder falso; em que os homens serão transformados segundo a imagem de Cristo.



24. “E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos
os que foram mortos na terra”.


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“...se achou o sangue”. Segundo os Anais da História, nenhuma outra cidade no mundo derramou mais sangue de seres humanos do que a Roma Imperial. Agora porém, o sangue derramado violentamente clama desde a terra até que seja aplacado pelo castigo dos assassinos. “Deus puniu a Caim quando este derramou sem causa sangue de seu irmão (Gn 4.10-16; Mt 23.33). A vingança de Deus, embora terrível, será absolutamente necessária, neste mundo em que vivemos. Não se pode permitir que o mal tenha curso, que fique sem castigo...”. Segundo o profetas Isaías, a grande babilônia cairia “no dia do Senhor” (Is 13.13). Certamente há alusão a acontecimentos que seguirão a batalha do Armagedom, os quais farão parte dos estágios finais daquele grande evento. Babilônia é denominada de “A Grande”, mas chegará o seu dia em que sua glória terá fim, julgada por aquele que é maior do que todos! 

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